sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Escreva sobre o amor...

Sobre o amor?

Sexta feira, terceiro ano, última aula: redação; e a professora disse isso. Ninguém respirou. Ela fez brincadeiras para descontrair, mas ninguém se mexia. Então ela fez a introdução. É claro que eu não fiz na hora. Esperei bater o sinal, afinal, era a última aula de sexta feira, quase sete da noite.

Toda terça eu ia ao plantão de redação com a Andressa, que fazia doutorado na UNICAMP. Até terça feira eu ainda nada havia escrito. Eram 15min de ônibus até o colégio, texto de 20 linhas pra fazer, descontando as 5 que a Ana Paula ditou...o que eu fiz?!

Sei que um relacionamento hoje pode ter inúmeras características: pode ser apaixonante, corriqueiro, duradouro, aquele só de troca de olhares, envolvente, enfim... pode até ser “goiabada com queijo”. É... aquele bem típico: os opostos se atraem.

Mas, para mim, o que não pode faltar em um relacionamento é o sentimento, sem o qual torna a cumplicidade uma espécie de anulação de uma das partes; amor é coesão e, quando real, não se resume aos meros açúcares ou paixões postiças e sem cabimento que observo com freqüência. É como se o apresso não passasse de uma obrigação implícita, uma máscara que apenas está ali.

Para descontrair – e, na verdade me eximir das minhas verdades absurdas, mas visíveis a quem desejar ver - Digo-lhe que não espero muito do amor, pois o charme está na espontaneidade,na gentileza, na aceitação cúmplice e, por vezes, crucificadora.

Doses freqüentes e homeopáticas de acetinação e sutileza. Isso é um relacionamento, nem sintético nem macrobiótico, essa é uma forma de amor.

Saudades (sem saudosismo) do terceiro ano do ensino médio. Ano que conheci pessoas importantes, ano que agreguei muito conhecimento em todos os âmbitos possíveis da vida. Aprendi muito sobre as pessoas. E sigo aprendendo.

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