quinta-feira, 26 de junho de 2008
Só pra constar
que é muito longe
e que é muito pouco.
É como gritar, ainda assim, tão insonoro que entorpece.
Se compreende, o inferno é azul e o demônio faz belas e doces promessas.
Tão longe!
Bastardo!
Tão distante de tudo e todos..
Ainda assim insiste em permanecer na tal órbita elíptica?
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Escreva sobre o amor...
Sobre o amor?
Sexta feira, terceiro ano, última aula: redação; e a professora disse isso. Ninguém respirou. Ela fez brincadeiras para descontrair, mas ninguém se mexia. Então ela fez a introdução. É claro que eu não fiz na hora. Esperei bater o sinal, afinal, era a última aula de sexta feira, quase sete da noite.
Toda terça eu ia ao plantão de redação com a Andressa, que fazia doutorado na UNICAMP. Até terça feira eu ainda nada havia escrito. Eram 15min de ônibus até o colégio, texto de 20 linhas pra fazer, descontando as 5 que a Ana Paula ditou...o que eu fiz?!
Sei que um relacionamento hoje pode ter inúmeras características: pode ser apaixonante, corriqueiro, duradouro, aquele só de troca de olhares, envolvente, enfim... pode até ser “goiabada com queijo”. É... aquele bem típico: os opostos se atraem.
Mas, para mim, o que não pode faltar em um relacionamento é o sentimento, sem o qual torna a cumplicidade uma espécie de anulação de uma das partes; amor é coesão e, quando real, não se resume aos meros açúcares ou paixões postiças e sem cabimento que observo com freqüência. É como se o apresso não passasse de uma obrigação implícita, uma máscara que apenas está ali.
Para descontrair – e, na verdade me eximir das minhas verdades absurdas, mas visíveis a quem desejar ver - Digo-lhe que não espero muito do amor, pois o charme está na espontaneidade,na gentileza, na aceitação cúmplice e, por vezes, crucificadora.
Doses freqüentes e homeopáticas de acetinação e sutileza. Isso é um relacionamento, nem sintético nem macrobiótico, essa é uma forma de amor.
Saudades (sem saudosismo) do terceiro ano do ensino médio. Ano que conheci pessoas importantes, ano que agreguei muito conhecimento em todos os âmbitos possíveis da vida. Aprendi muito sobre as pessoas. E sigo aprendendo.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Pão e circo para intelectuais?
Quando entrei estavam comentando o mais obvio, um lado defendendo as cotas e tentando não relacionar ela com o racismo, argumentando sobre a desigualdade social e a falta de oportunidades da etnia negra no decorrer dos tempos. O outro lado tinha um universitário defendendo os direitos dos negros, dizendo que é errado dar cotas para apenas à etnia deles e sim para os desfavorecidos em geral. Bom nesse caso é fácil tirar uma conclusão, já que essa polemica continua a tempos (inclusive a merda do vestibular tinha tendência de cair esse tema, discutimos no cursinho durante dias e essa merda não caiu.). Minha opinião sincera sobre a opinião dos dois universitários é que os dois estão certos ao mesmo tempo, mas o segundo estava mais, pois defendia a cota para os desfavorecidos, já o primeiro não, até usava argumentos como a da libertação dos escravos ser recente, enfim... A grande verdade é que a maioria dos brasileiros estuda em escola publica e quem estuda e tem consciência sabe que aquilo é UM LIXO... É pelo menos o estado reconhece isso e da essa “oportunidade” para os que foram enganados durante sua vida pré-academica. Sim, eu sou/era a favor das cotas, até que uma garota que cursa UFSCar (ex-estudante da USP) levantou nesse debate e deixou bem claro a todos com suas idéias e exposição dos fatos que o “buraco é mais embaixo”.
A Universitária comentou que o sistema de cotas foi criado pelo governo para tirar a autonomia das universidades... Ham? É... Parece estranho, mas é isso mesmo!
Com a política de cotas, eles deixam entrar mais pessoas despreparadas e sem visão política dentro da universidade fazendo com que ela perca poder e voz ativa. Um exemplo de que é real e já existe esse interesse foi à ocupação na reitoria da USP pelos universitários, que defendiam a autonomia das universidades e outros direitos. Na verdade é uma guerra de interesses, é um objetivo dos grandes empresários é sucatear a rede publica de ensino superior para “escravizar” nossos cidadãos a cursarem uma universidade particular para gerar a droga do lucro para eles. Ela apresentou algumas verdades, algumas noticias despercebidas nos jornais e outras coisas que faziam sentindo. Agora a coisa ficou um pouco mais complicada, antes era “fácil” adotar um lado em relação às cotas, mas agora a reflexão fica mais profunda.
Agora os intelectuais e estudantes conseguem ver ainda mais necessidade existir uma reforma política e constitucional no nosso país. Os governantes estão tentando vender além de nosso país, tentam vender nossos sonhos.
Em alguns estados o sistema de cotas esta extremamente alto, exemplos fortes são os estados da Bahia, Ceara e Espírito Santo, que nossas amigas (Carol e Bruna) podemos sentir na pele perderem uma vaga na lista principal da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) para pessoas da cota e lá com a cota aumentando ano a ano tais cotas.
Esse ano tende a estourar tal fato e informação, pois mais do que nunca esse assunto tende a esquentar e ferver pela tentativa de retirada da autonomia das universidades. Peço que todos os estudantes e intelectuais que amam e vivem nesse país não deixem que vendam nossos sonhos, o importante é discutir e analisar essa informação, refletir sobre todo esse assunto e deixar bem claro nossa opinião ao governo.
Desculpe pelos erros ortográficos, ando meio com meus horários estranhos e fiquei sem tempo de revisar esse texto.
Abraços!
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Bella Morte
de dor e morte...
sair desse cubo de opressão;
despertar o ódio,
desenterrar o rancor...
escapar do subjugamento e da comoção.
Destruir as muralhas maciças do império...
de caos e terror
caos da existência
e terror de estar viva.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
It's over...
Cansei do amor fingido.
Do mundo sobre meus ombros - e das lágrimas sob meus olhos.
Eu dei o meu melhor, eu fiz o meu melhor, mas não é suficiente.
Prometo que vou embora para nunca mais voltar.
P.S: Política pão e circo comigo não funciona.
(Bruna Guidoni do Rosário - 18/02/2007)
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Porque amizade rima com efemeriade - parte um
(bem diferente de nós!)
Blackmore's Night - All For One
We'll drink together
And when we drink we'll drink together, not alone!
We'll drink together
And when we drink we'll drink together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll drink together
And when we drink we'll drink together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll drink together
And when we drink we'll drink together, not alone!
We'll sing together
And when we sing we'll sing together, not alone!
We'll sing together
And when we sing we'll sing together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll sing together
And when we sing we'll sing together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll sing together
And when we sing we'll sing together, not alone!
We'll fight together
And when we fight we'll fight together, not alone!
We'll fight together
And when we fight we'll fight together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll fight together
And when we fight we'll fight together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll fight together
And when we fight we'll fight together, not alone!
We'll fall together
And if we fall we'll fall together, not alone!
We'll fall together
And if we fall we'll fall together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll fall together
And if we fall we'll fall together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll fall together
And if we fall we'll fall together, not alone!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Teoria do caos
“Nada de apocalipse ou armagedom. O caos é aqui e agora, em suas várias formas.”
O mundo contemporâneo é desespero. As pessoas estão cada vez mais distantes de si mesmas, dos outros , dos valores e de tudo aquilo que os fazem humanos. Mas o que é ser humano?
A realidade é doentia. Prédios amontoados, favelas amontoadas, feito vômitos. Nascemos programados para amar o dinheiro e buscá-los insaciavelmente. Pra quê?
“Morte e destruição”: é esse o nosso lema. Gostamos de degradação, de ferir, de sentir ódio e pecar. Não adianta esconder: tudo isso nos fascina. E continuará fascinando até que ocorra o apocalipse. Aliás, o apocalipse que cito aqui não é aquele da bíblia ou de evangelhos apócrifos, nada de armagedon. Nós destruiremos a tudo com o nosso egoísmo somado ao egoísmo de quem detém o real poder. No final das contas, não somos nada mais que gado.
Estamos supostamente protegidos por estarmos longe dos cortiços, e não termos que nos deparar com a realidade desoladora a cada dia. As ruelas fedem a lixo e esgoto podre. Os becos têm o mau cheiro da perversão. Sabemos disso, mas o contexto desolador “não nos diz respeito”?!
Não passamos de ratos escrotos, vazios e focados no dia a dia impassível. É muito fácil desligar a tv quando o conteúdo começa a afetar, quando começa a exigir raciocínio ou contém cenas ‘fortes’. Claro, nosso conforto é a ignorância sempre, é o nosso subterfúgio. Fingimos odiar o caos e a dor alheia. Dizemos odiar tantas coisas as quais somos indiferentes. Somos mesmo escrotos imundos em uma merda de mundo que construímos a fim de destruir. Somos assim, é a nossa natureza.
No mundo urbano impera o caos, permeado de sujeiras ocultas, que não vemos por não desejarmos ver o desagradável nunca. Lembremos que o passado não exime o presente. Mesmo porque conceito de campos de concentrações e resquícios de ideologias prevalece sob nossos olhos. Os campos de concentração e suas atrocidades são hoje um mito cujo fato de ser é bem implícito, mas podemos subentender: judeus têm dinheiro. É isso. Alguém liga para as situações insípidas que vivem os africanos e os árabes? Pois é, a guerra e a fome estão estampadas nas manchetes que descartamos dia após dia. Mais crimes que assistimos sem mobilização o que, automaticamente, significa assentir. Não quero jogar na cara de ninguém a culpa, apenas exibir o meu ponto de vista da realidade caótica em que vivemos. Quero apenas me expurgar da minha própria culpa e voltar ao consolo habitual da vida cotidiana. Como, aliás, você fará após terminar essa leitura.
O caos está no prosaísmo. Naqueles programas de televisão em que mostram a desgraça alheia com o intuito de arrancar risadas. Na vulgaridade exacerbada, no preconceito, na miséria que se contrapõe a fartura; está no desprezo, no descaso social e ecológico e no desperdício. O caos é poluição sonora e visual, é a má condição de vida, o esgoto a céu aberto e todo tipo de insipiência. É o buraco na camada de ozônio que se acentua, o derretimento de geleiras e construção de hidrelétricas. O caos sou eu e você.
Os animais que somos...
Originalmente de Caos A.d um conto feito por mim em http://www.surrealismotrash.blogspot.com
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Reach to my eyes new horizons
(Scrap escrito por mim em 03/02/2008)
A experiência de ser Ronin trouxe a mim outros parâmetros. Por exemplo: possivelmente não seja esse o meu lugar. Medo, aprisionamento, falta de estímulo, armaduras invisíveis e dependência são realidades presentes que se fizeram ver logo agora. Força maior que o esperado para levantar após a ‘suposta’ queda e continuar a jornada.
Transpondo o fato à teoria matemática de conjuntos, o meu desejo seria o grupo grande dentro do universo ínfimo: o 2/3 dentro do 1/20.
Motivos pra ficar? Qual se em casa é o ‘a vosso reino nada’?Se esse estado não oferece um limite cabível (a não ser a quem é acomodado e vê como limitante a esquina da própria rua e cultura como TV etc etc). Mas, é claro, certamente existem pessoas muito importantes nessa província.
Tudo parece convergir para os meus devaneios a esse temível, surreal e fascinante dilema. Não é momento de choro, mágoas ou lamúrias. Nem para o sentimento mais vil - a inveja. Não no meu caso que tenho sempre um plano B que me motiva – traçar um plano de metas é o que me dá combustível para seguir e enfrentar quaisquer circunstâncias.
O fato é que almejo algo além da saia da minha mãe, sem ninguém pra tapar meu ouvido quando está ventando. Almejo um futuro próspero em amplo sentido, em que tudo seja oriundo do meu esforço próprio, meu mérito. Virtudes, conhecimento e vivencias (experiências) – mesmo sabendo que nem tudo é rosa... mas rosas têm espinhos, não é verdade?
A minha primavera se aproxima, Proserpina. E como será?
O futuro possui ramificações, que, em “Alias – intimidade #2” (Marvel Max) a Madame Teia explica assim para a
ex-heroína Jéssica Jones: ‘cada decisão que você toma na vida cria um novo conjunto de tangentes no tempo e no espaço’. Isso me fez refletir bastante sobre destino. E me fez pensar em probabilidades, afinal, no mundo adulto é você quem deve bifurcar o próprio caminho, ou seja, fazer a coisa por si mesma. O que vejo?Dois caminhos básicos para vencer esse obstáculo: O comodismo e a coragem. Para encarar o novo, que é uma sala escura – a aterradora falta de experiência – só mediante ao tato. A minha escolha? O incerto, o ‘impossível’. Concepções possivelmente imaturas e arrogantes as quais tenho o direito de ter devido a idade.
É possível mesmo que eu não saiba nada, mas estou aqui pra desbravar, afinal, “ta no inferno abraça o capeta” (ou, de cara, senta no colo?).
PS: Sobretudo eu, que não sou do tipo que é movida a incentivos e expectativas alheios. Existe o meu ser o os próprios objetivos, concepções e prioridades. Se estiver sendo arrogante... Ótimo!
Que me ensina ‘o que não se deve fazer’.
Para a minha mãe
Cujo ‘incentivo’ libera em mim, admirável força.
More:
>>>Só pra constar o estado de espírito<<<
Decepção
Os que sentem a decepção,
Sentimento que trás coisas boas,
Mas destrói e mata o coração.
Trás a mais bela experiência,
Junto da alegria de esperança
Que tudo pode melhorar,
Reverter à destruição em bonança
Que ilusão...
Somente vi promessas,
Após a morte do meu coração.
Antes ansiava a felicidade,
Agora casmurro, espero de volta
Minha perdida serenidade.
(Renato Molina)
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Cotas - dois pesos, duas medidas...
“Sinto que me tiraram uma oportunidade e a deram para outra pessoa”
Fernanda Marchesi Grobério
19 anos, estudante.
Jornal A gazeta 13/02/08
Os políticos e autoridades deveriam se preocupar em melhorar a educação pública e não em criar cotas para facilitar a entrada de alunos da rede na Universidade Federal do Espírito Santo.
Os alunos da rede pública deveriam protestar a favor da melhoria de ensino e qualificação de mestres, não sob uma causa que tráz uma falsa ideia de progresso na educação do Estado.
Penso que todos os estudantes deveriam formar suas opiniões críticas sobre o assunto para juntos acolhermos a melhor decisão do Ministério da Educação.
Afinal...o futuro desse país nos pertence!
Ranielly Fiorott
17 anos, Estudante do 3º ano médio
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/03/349075.shtml
Pois é. Na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) foi instituída a cota no ano de 2007 para o vestibular 2008/1. As cotas são para alunos de escolas públicas (a exigência é de 8 anos em rede pública inclusive TODO o ensino médio) com a renda mensal de cerca de dois mil reais. Não entram no sistema de cotas os bolsistas de colégios ou cursinhos particulares MESMO INTEGRAIS. É entendido que devem entrar aqueles que têm uma defasagem no ensino por estudarem em colégios públicos. Pessoas que estudaram por anos na rede pública, aos trancos e barrancos e conseguiram bolsa em colégios bons, ou mesmo foram pra colégios de bairro pagos com muita dificuldade, acabam sendo prejudicados. A meu ver, deveriam ter o direito como os demais a disputar essas vagas.
Enquadro-me no primeiro gênero, através de uma seleção consegui obter uma bolsa considerável pra um excelente colégio e acabei ficando de fora do benefício.
Se por um lado alegam que foi considerado na adoção de cotas o tipo de ensino e a impossibilidade da família de poder pagar pela graduação privada, percebemos algo de errado aí nesse quesito. Por exemplo: Os alunos do CEFETES (Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo) que são admitidos através de uma prova de nível difícil são alunos selecionados. Como são submetidos a uma prova cuja concorrência e nível são assustadores em se tratando da faixa etária compreendida, pode-se dizer que a maioria vem de famílias abastadas e com núcleo estável. Fora que o ensino é de qualidade indiscutível. Por que eles entram nas cotas e nós não?
Confesso que fui a favor das cotas e cheguei a brigar por elas. Achava burguesa demais a forma de argumentação das pessoas. Era como se elas quisessem se beneficiar sempre. “O Cefetes não estava bom pra eles?” eu pensava. Bom, no meu terceiro ano integrado, conheci gente muito capaz, esforçada que está nessa luta há algum tempo, mas não desiste dos seus sonhos. Muitos deles os pais pagam aquela mensalidade estratosférica e o material com muita dificuldade. Não é justo que tirem o mérito deles com frases do tipo: “perdeu play boy, perdeu, agora eu entrei e você volta pro cursinho”. Essa frase me encheu de revolta, porque conheço bem esse tipo de pessoa. Eles não perderam o precioso tempo deles de 7 da manhã às 7 da noite dos sábados no colégio, não deixaram de sair ou descansar no domingo pra estudar. São pessoas que querem tudo na mão e reclamam por serem marginalizadas. E eu pergunto “posso ver o seu boletim?”... Pois é, então quem é você pra achar que é o injustiçado?
Ah, e tem mais, quem é aluno de escola particular quase não têm o direito ao Fies (programa do governo federal que financia mensalidades em faculdades particulares), Prouni ou aos cursinhos gratuitos oferecidos pelo governo federal. Bacana né?
É claro que dentre essa leva de seres abomináveis existem muitos os quais torci muito, porque são esforçados e acabam estando sempre em desvantagem devido ao péssimo ensino durante toda a vida e, por vezes, da falta de estímulo e desequilíbrio da família. Muitos não têm o que comer. E é por eles que ainda sou a favor das cotas. Não dessa burrice que a Ufes adotou de forma autoritária (poucas semanas antes do edital). Daí perguntam: “onde está a organização de estudantes?” e eu respondo “ alguém tem ouvido algo a cerca dos sem-terra?”. Parece que os órgãos de protesto estão mortos, ou, no mínimo cegos e surdos para o que acontece. Mas como eu mesma não sou ativista, não critico esse ponto.
Aliás, houve um protesto. Ou melhor, dois. O primeiro foi na época que quiseram implantar as cotas pra negros e índios, daí o pessoal do colégio mais caro do estado se revoltaram e todos eles, louros de olhos claros e com sobrenome europeu deram chilique dizendo que eram negros. Daí a Ufes abafou o caso. Ano passado, no entanto, a Ufes foi violenta, as autoridades se trancaram numa sala e decidiram impor cotas no molde supracitado. Houve protesto sim, mas eu não fui. No cursinho havia aulas importantes. E eu sabia, no fundo, que as pessoas que estavam lá eram baderneiras pagando de rebeldes e politizadas. Pagando de caras pintadas do “fora Collor” e tudo o mais. O pessoal da rede pública agredia demais. O pessoal da rede particular também. Mas o diferencial foi a baixaria com a qual os primeiros argumentavam. Enfim, não resolveram nada e os play boys acabaram na rua da lama (espécie de point universitário, paradeiro de cults e estudantes ‘descolados’).
A questão não é, em si, entrar ou não. O problema é quem e como entra. As pessoas costumam achar que o ingresso da população carente ao ensino superior é a solução do problema da educação e, de quebra da violência. Nossa, como está equivocado esse conceito. 40% para quem não atingiu o mínimo aceitável de nota, segundo conceitos da própria instituição “não está apto a cursar o ensino superior, além de não ter maturidade aceitável”. Isso irá gerar segregação e muito preconceito. Fora a diferença de nível de conhecimento que todos já conhecemos desde o ensino fundamental. No ensino superior, possivelmente, as pessoas são mais maldosas. Já deu pra perceber que são dois pesos e duas medidas.
Sim, sou a favor das cotas. Desde que sejam de forma descente. Nada de 40% e 5% de aumento ao ano. Nada de Cefetes, caso bolsistas sejam descartados. Isso é ridículo e até injusto. Nada de gente com mais de 30 pontos de diferença de fora por ‘falta de vagas’. Existe a exclusão, mas existe também a dedicação. Não quero pagar de pseudo-burguesa, mas é o que eu vejo.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Às portas da maioridade
"Maus, para a esquerda!" mandará um dia o Juiz,
"E vós, Cordeirinhos, ficareis aqui à direita!"
Muito bem! Mas há uma coisa a esperar ainda dele; então dirá:
"A vós, Sensatos, quero-vos mesmo em frente!"
Epigrama - Johann von Göethe (Veneza, 1790)
Olá!Seja bem vindo ao mundo real. Nele as coisas não são como sempre foram. Você está na área que delimita um fim, uma morte. Calma, aqui quem morre é uma parte de você, um aspecto que deve abandonar para que possa prosseguir. Venha comigo que mostrarei o caminho. Onde mesmo eu estava?Ah sim, lembrei. O mundo real é aquele que costumam chamar de cão. Talvez seja, mas não é impossível que não seja. Confesso a você que jamais entendi o real significado da expressão “mundo cão”.
Gostaria de falar um pouco mais sobre a sua nova vida, pode ser?Hum, que bom. Aqui as coisas não são fáceis, como bem disse antes. Você está sozinha, tem que correr em busca dos seus objetivos e, caso não tenha, traçá-los por si mesma. Aqui você não passa de um número e, sinto dizer, você pode ser reconhecida por dois caminhos: dinheiro ou currículo. Ninguém hesitará em fechar as portas pra você. Não pense que é especial ou que será beneficiada porque alguém que conhece seu esforço e talento e confia na sua capacidade fará algo para ajudar.
A idéia é que siga o seu instinto, como os demais animais. Ah, não esqueça que é um animal como qualquer outro nessa selva de pedra e que faz parte da massa. Tudo irá conspirar para que nasça e morra sendo mais uma indigente em meio à massa sem voz e desqualificada que vira exército de reserva (mão de obra barata) submetida a trabalhos exaustivos, recebendo salários irrisórios e vivendo uma merda de vida. E quem está na merda está porque cavou ou sucumbiu e, não estando contente, puxa quem está na borda. Lembre-se disso sempre. Faça a diferença, lute pela sua felicidade e realizações. Quando estiver insuportável, chore. Quando não tiver jeito, chore. Quando estiver sem forças, mentalize a armadura e empunhe a espada. Você está numa guerra. Faça tudo o que for impossível para sobreviver... Mas pense, não dê espaço para o Desespero se alojar. Aprenda apenas a arquitetar e a manter-se firme, sempre sempre, nesse mundo injusto. Aliás,não injusto, real, impessoal e individualista.Injustiça é pra fracassados.Acredito que não seja o seu caso. Bem, agora vá e desbrave o mundo por si mesma. Você cresceu e ninguém mais fará nada por você. Nunca, ouviu? Nada de fraquezas, nada de material colorido ou de livros encapados. Nada de tudo que fazia parte da sua realidade ilusória, tanto quanto as Barbies aposentadas em alguma parte do seu quarto ou da sua mente. E isso é só.
about 'Renato Molina'
Hi! Meu nome é Renato Molina, é um tanto difícil falar sobre si mesmo, claro... Essa é uma definição de hoje, pois a cada momento que passa creio que todas as pessoas mudam com o aumento de informação e cultura. Sou Taurino nato, movido a musica, emotivo e lógico ao extremo ao mesmo tempo, na verdade tento ser racional dentro dos meus princípios. Atualmente sou estudante, universitário, para ser mais preciso, fui aprovado esse ano na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no curso de Ciência da computação, enfim... Você deve estar pensando que com um estudante de tecnologia as postagens não irão passar de “falatórios” de números, computadores e coisas “nerdisticas”, mas puro engano, mesmo sendo estudante dessa área, sou apaixonado por varias outras áreas do conhecimento. Uma outra paixão minha é a musica, na qual citei acima, que eleva meu espírito todos os dias. Tenho uma banda de Heavy Metal atualmente (Osmiun), na qual sou vocalista, a banda já esta três anos na ativa e sou o único membro da formação original, fantástico não? Isso prova que as pessoas têm idéias muito volúveis e realmente mudam. Bom, estou fazendo esse blog com duas de minhas melhores amigas. É muito estranho como as conheci e o que sinto por elas. Conheci a Bruna e a Carol pela internet, mas sinto uma afinidade extrema por elas, na qual seria difícil obter por uma simples relação de internet, imagine se estivéssemos vivendo nas mesmas cidades? Enfim... São duas garotas maravilhosas com idéias e ideais magníficos, nesse blog vocês vão presenciar idéias extraordinárias dessas garotas. Como eu disse, é difícil de definir-se, mas o blog as postagens do blog ira passar mais coisas de mim para vocês do que essa simples definição. Espero que gostem!
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
About me : Carol
Ei. Chamo-me Anne Caroline, mas as pessoas mais próximas me chamam de Carol. Tenho dezoito anos e sou do signo de capricórnio. Sou introspectiva demais, mas não dispenso billyces. Esses dias, eu (aspirante a jornalista ou midióloga) descobri que sou Ronin (não passei no vestibular de primeira), mas agüentei o tranco com ajuda dos meus amigos e passei a seguir a filosofia “reach to my eyes new horizons” esse ano, e, talvez a vida toda, quem sabe.Um dos aspectos mais marcantes da minha personalidade é o meu intenso apego aos valores e total extremismo no que se refere a tal.Não dou a mínima para pessoas sem princípios, apenas ignoro. Gosto de ser educada, sempre. Além disso, sou irônica demais, sempre e sempre, mas isso é um aspecto bem visível.
Basicamente isso.
Sobre 'tia brut'
Meu nome é Bruna Guidoni do Rosário, tenho 17, terei 18 dia 12 de abril deste ano. Moro em Vitória, Espírito Santo, um estado localizado no sudeste do país, mas que as pessoas costumam pensar que fica no nordeste, não sei se por ignorância da parte delas ou insignificância por parte do estado. Moro com a minha mãe Luzia (47), minha irmã Ariana (23) e minha cachorra Princesa (8) e, definitivamente, não fui eu quem escolheu esse nome fantástico. Acho que eu gostava mais de morar aqui antes de saber da maravilhosa notícia que recebi na última sexta feira (1º de fevereiro, véspera de carnaval) de que eu não havia passado no vestibular. Mas acredito que dissertar sobre isso será mais interessante para um próximo post.
Devido ao fato desse blog ser algo em conjunto, acho que seria bastante relevante escrever sobre como conheci a Anne e o Renato. A Anne eu conheci quando tinha uns 12 anos de idade, quando fui pela manhã à escola fazer um trabalho. Conversamos um pouco nesse dia, e no ano seguinte eu passei para a turma da manhã, na qual ela estudava. Começamos a conversar bastante, lembro que ela sempre me ligava todos os dias por volta das 18 horas, e para evitar toda aquela coisa, eu começava a falar mole e dizia que ia tomar banho, não gostava muito dela. Hoje isso é bastante diferente, somos muito amigas - não diria irmã porque eu tenho uma péssima relação com a minha – e ela é única pessoa que eu tenho certeza que é para sempre em minha vida (meigo, não?) O Renato conheci ano passado (2007) pelo orkut. Eu usava uma camisa do Drowned no avatar do meu perfil e ele ‘puxou assunto’ falando sobre a banda (papo de metaleiro, hein!), mas hoje em dia nós NUNCA falamos sobre metal, melhor, falamos mais sobre a conduta dos adeptos do estilo, a ‘galera do rock’. Renato é um cara fantástico, como eu já disse uma vez, ‘puro sentimento’, minha relação com ele se aproxima muito da minha com a da Anne, que eu falo que seria ‘sem roupas’, uma maneira de dizer, sem nada a esconder, entende?
Enfim, por hoje é só ;)